quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

UNIFACE Caruaru no Rio de Janeiro

Cirurgião Buco-Maxilo-Facial da UNIFACE Caruaru esteve em recente evento realizado no Rio de Janeiro.


O evento foi o Seminário AO de Cirurgia Ortognática onde estiveram presentes convidados nacionais e internacionais, entre eles Dr. Edward Ellis (USA) e Dr. Rene Rojas (Chile).

A Uniface Caruaru é composta de Especialista em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, com atenção às Cirurgias das Deformidades da Face (Cirurgia Ortognática).

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Álcool aumenta riscos de câncer de boca e laringe

O número de casos de câncer de boca e laringe aumentou de forma alarmante entre as pessoas de 40 anos na Grã-Bretanha, principalmente devido a um aumento do consumo de álcool, segundo estudo publicado nesta terça-feira.
Novos dados da associação britânica Cancer Research UK revelaram que o número de pessoas de entre 40 e 50 anos que desenvolveram câncer de boca, de língua, de lábios ou de garganta aumentou 28% entre os homens e 24% entre as mulheres, desde a metade da década dos 1990.
Embora o tabaco seja o principal fator de risco para o câncer de boca, os cânceres causados por fumo demoram 30 anos para se desenvolver. Com isso, os especialistas acreditam que o culpado seja o segundo fator de risco, ou seja, o álcool.
"O consumo de álcool duplicou desde os anos 1950 e a tendência que vemos atualmente está provavelmente ligada aos níveis de consumo de álcool continuamente em aumento", declarou Hazel Nunn, uma das responsáveis do centro.
Nunn considerou realmente alarmantes os últimos dados, que mostram um aumento de mais de 45% desde que começaram a contabilizar estas estatísticas em 1975.
"Acredita-se que aproximadamente 75% dos casos de câncer de boca são causados pelo tabaco e o álcool", disse.
"O tabaco é, de longe, o maior fator de risco para o câncer de boca. Mas para as pessoas da faixa dos 40 anos parece que também há outros fatores que contribuem para o aumento da incidência do câncer de boca", explicou.
Além do álcool, entre estes fatores estão também uma dieta pobre em frutas e verduras e o papilomavirus humano (HPV) transmitido sexualmente, que também causa câncer cervical.
Quase 5.000 casos de câncer de boca são diagnosticados a cada ano na Grã-Bretanha, e 1.800 pessoas morrem desta doença.
Don Shenker, responsável da associação benéfica Alcohol Concern, disse que muita gente não é consciente da conexão entre o álcool e o câncer.
"Enquanto o câncer de fígado continua sendo a doença mais fatal ligada ao álcool, mais e mais pessoas sofrem de cânceres de boca, e os níveis recordes de consumo de álcool sem sombra de dúvidas desempenharam um papel nisso", declarou.

Fonte:AFP

sábado, 15 de agosto de 2009

Disfunção de ATM


A ATM é a única articulação móvel da cabeça, está relacionada aos movimentos mandibulares durante a mastigação e fonação. Ela apresenta componentes que caracterizam uma articulação sinovial tais como ligamentos, cápsula, disco articular, membrana e líqüido sinovial.
Sabemos que a ATM é uma das articulações mais utilizadas no corpo humano e está diretamente relacionada com a oclusão dentária. Se houver alguma falha no processo de lubrificação articular, quer seja por hábitos parafuncionais como o bruxismo, quer seja por fatores sistêmicos, o indivíduo pode vir a desenvolver o que chamamos de Disfunção de ATM. Esta é uma denominação para um grande número de desordens que englobam desde desarranjos musculares, caracterizados por dor miofacial, até desarranjos intracapsulares tais como osteoartrite e deslocamento anterior de disco. A disfunção de ATM também pode ter outras causas tais como trauma, má oclusão e infecções.

O tratamento das DTMs geralmente é conservador, através de reestabelecimento da oclusão dentária, placas inter-oclusais e fisioterapia. Contudo, existem casos em que ocorrem alterações morfológicas consideráveis na ATM tais como anquilose, luxação de ATM e osteoartrite avançada, que necessitam de cirurgias que vão desde uma artrocentese (lavagem articular) até cirurgia a céu aberto, onde acessamos e visualizamos as estruturas da ATM e tratamos conforme a necessidade (osteoplastia, condilectomia, eminectomia, discopexia, reconstrução).

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

CIRURGIA ORTOGNÁTICA: ESTÉTICA E HARMONIA DENTO-FACIAL

O que é a Cirurgia Ortognática?
A Cirurgia Ortognática é a sub-especialidade da Cirurgia Buco-Maxilo-Facial que reune um grupo de procedimentos cirúrgicos que tem como objetivo principal a corrigir as deformidades dento-faciais resultantes de algum tipo de falha no posicionamento satisfatório das arcadas dentárias e ossos da face em relação à base do crânio, interferindo na aparência estética dos pacientes e comprometendo muitas vezes o funcionamento correto dos maxilares.

As deformidades dento-faciais apresentam-se em dois tipos de classes principais, descritas na literatura científica, são elas:

Micrognatismo ou Retrognatismo: A mandíbula (parte inferior) é menor que o maxila (parte superior). Neste caso pode optar por encurtar o maxila ou alongar a mandíbula.Esta deformidade é conhecida como Classe II, de Angle.

Prognatismo: A mandíbula (parte inferior) é maior do que a maxila (parte superior). Neste caso pode optar por reduzir ou recuar a mandíbula. Esta deformidade é conhecida como Classe III, de Angle.

Como é feita a cirurgia ?
A avaliação destas deformidades inicia-se com a observação cuidadosa e criteriosa da face. Em seguida de uma série de exames de imagem (fotografias, slydes, radiografias e tomografias) complementam o exame clínico trazendo dados pertinentes a estrutura óssea, além de documentar o caso para acompanhamentos posteriores.
Programas de computador analisam as radiografias e auxiliam a observação e medida entre pontos do crânio e da face indicando suas relações, são chamadas: cefalometrias computadorizadas.
O que será feito na cirurgia?
Após determinar como será feito a cirurgia ortognática o Cirurgião dentista, especialista em Cirurgia Buco-maxilo-facial, irá reposicionar a mandíbula (parte inferior), podendo ir mais para frente (avançar a mandíbula), ou mais para traz (recuar a mandíbula), ou até mesmo ter que re-posicionar o maxila (parte superior) avançando ou encurtando.
Após o reposicionamento, a maxila e/ou a mandíbula serão fixados através de mini-placas e parafusos de metal (Titânio) ou materiais bioabsorvíveis.

Planejamento da Cirurgia
Cada tipo de deformidade requer um planejamento e um tipo de cirurgia diferente. O ideal é que o Cirurgião e o Ortodontista façam este planejamento juntos, já que a utilização de aparelhos ortodônticos se faz necessária tanto no pré quanto no pós-operatório.

Com qual idade pode-se fazer essa cirurgia?
A cirurgia Ortognática pode ser feita no momento em que o crescimento dos ossos faciais já está no fim e já definidos. Porém, existem casos onde é necessária a realização da cirurgia de forma mais precoce.
Existe alguma prevenção para as deformidades faciais?
Sim. Caso o ortopedista identifique alterações na face maxila ou mandibular por volta dos 5 aos 7 anos, poderá ser aplicado a ortopedia funcional, essa técnica ajudará a corrigir o crescimento facial.
Neste caso é bom que um Cirurgião Buco-maxilo-facial acompanhe o caso. Na maioria dos caso as correções evitam cirurgias no futuro ou reduzem a desarmonia facial.

Onde é feita a Cirurgia ?
A Cirurgia Ortognática é realizada em ambiente hospitalar e o período de internação é relativamente curto; em média dois dias.
Qual o prazo de recuperação?
Normalmente, a recuperação dos pacientes é completamente estabelecida em torno de 4 a 8 semanas, dependendo do caso.

Plano de saúde cobre este tratamento?
Nem sempre, porém se o paciente possuir um Plano de Saúde, é possível negociar para que o convênio faça a cobertura das despesas hospitalares necessárias, para execução da cirurgia.

Caso você tenha mais dúvidas sobre a cirurgia ortognática, fale diretamente com a UNIFACE Caruaru.

CONGRESSO DE CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL


A equipe da UNIFACE Caruaru estará , mais uma vez, no maior evento da especialidade de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial (COBRAC -2009) que acontecerá em Fortaleza-CE no período de 19 a 22 de Agosto.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Implante zigomático sem enxerto ósseo; com carga imediata “A terceira dentição em apenas 72 horas”

Um profissional experiente e bem preparado não pode realizar um só tipo de implante para todos seus casos clínicos independente da perda óssea, qualidade do osso, região e incidência de forças mastigatórias. Ele deve saber como aproveitar todos os fatores benéficos de cada caso e evitar fatores que poderiam prejudicar o tratamento. Pensando desta forma, implantes especiais, com uso bastante restrito e preciso, para casos de difícil resolução através de outros sistemas, são indicados para pacientes com grandes perdas ósseas maxilares, sendo fixados no arco zigomático. Requerem brocas específicas e técnica cirúrgica própria, portanto recomendo a utilização por profissionais devidamente habilitados. A porção ativa do implante tem o desenho cônico fazendo com que sejam utilizadas poucas brocas para sua instalação. Possui somente 4 mm de área usinada próximo ao seu sistema anti-rotacional, todo o restante do implante é tratado com óxido de titânio permitindo a osseointegração de uma grande área. Este fator é muito interessante se pensarmos que o implante está posicionado longe da porção ativa, sofrendo carga fora de seu longo eixo. Por este fator, ele possui um sistema anti-rotacional com hexágono externo de 2,7 mm sobre uma plataforma 4 mm, pré-angulado com 25° para permitir a utilização de componentes protéticos convencionais disponíveis nas medidas de 35, 40, 45 e 50 mm. O implante zigomático sem enxerto ósseo foi desenvolvido pelo cirurgião e pesquisador sueco Dr. Per-Ingvar Bränemark. Com essa inovação o cirurgião dentista brasileiro, já tem outra opção. O paciente já pode fazer implante zigomático com carga imediata, essa revolução da Implantodontia é simples e não apresenta riscos para o paciente. Porém, requer prática e experiência profissional. O método evita que a pessoa precise remover o osso da crista ilíaca, calota craniana, ou de outra região do corpo, como acontece no implante convencional, quando ocorre perda de osso. Nesse procedimento, os pinos de titânio são ancorados e fixados ao osso zigomático na arcada superior. Até a inovação com carga imediata, o paciente usava prótese móvel provisória e precisava aguardar seis meses para colocar a prótese fixa. Com essa técnica, na quase totalidade dos casos, o paciente, depois de 72 horas da cirurgia, já está com sua nova dentição.

Implante zigomático auxilia recuperação de pacientes com fissura de lábio e palato



Pessoas portadoras de fissura de lábio e palato já podem se submeter a uma cirurgia que lhes devolve os dentes e a harmonia facial em apenas 48 horas. Trata-se do implante zigomático com carga imediata que, pela primeira vez no Brasil, está sendo feito em pacientes fissurados.
O cirurgião-dentista José Fernando Scarelli Lopes, que também é professor do Departamento de Prótese e Implante do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP (Centrinho) em Bauru, explica que os portadores de fissura de lábio e palato em geral apresentam baixo desenvolvimento das maxilas, ossos que compõem o maxilar e que suportam os dentes superiores. "Devido a esse problema, não há como ancorar implantes dentários nas maxilas. A solução é fixar o implante no osso zigomático, uma estrutura que fica abaixo dos olhos popularmente conhecida como 'maçã do rosto'", explica o professor.
Ao todo, são fixados quatro implantes, com aproximadamente 50 milímetros (mm) de comprimento cada um, sendo dois de cada lado do rosto, e implantes adicionais quando possível. Esses implantes irão sustentar uma estrutura metálica que tem a forma de um arco. É justamente este arco que irá acomodar a prótese dentária. "Após a fixação da estrutura, toda a região é reconstituída por meio de resina acrílica e dentes artificiais. Inclusive a gengiva é refeita, possibilitando ao paciente a total recuperação estética", conta Lopes.
O professor lembra que um dos principais problemas de pessoas portadoras de fissura de lábio e palato é a questão psicológica em decorrência da estética. "Esta técnica possibilita a total recuperação, o que permite dar uma nova vida ao paciente facilitando sua reintegração social", garante o professor. Ele conta que, até o momento, somente duas pessoas passaram pela cirurgia. "A última foi há cerca de nove meses e o paciente já havia passado por diversas tentativas de reabilitação oral. Somente com o implante zigomático é que ele obteve a total recuperação", lembra Lopes.
O professor esclarece que o implante zigomático não é uma técnica inédita no Brasil, porém, em pacientes fissurados são as duas únicas operações até o momento. A técnica foi desenvolvida pelo professor sueco P.I. Branemark, que atualmente reside em Bauru.
O processo envolvendo a cirurgia e a recuperação do paciente dura, em média, 48 horas. Antes de se realizar os procedimentos cirúrgicos e protéticos deve se realizar um cuidadoso planejamento que incluem moldagem dos arcos, tomografia computadorizada que possibilitará a construção de um protótipo da área a ser operada. "Para possibilitar as etapas cirúrgica e protética, guias são confeccionados em resina acrílica para estabelecer as relações maxilo-mandibulares da futura prótese. Depois de 48 horas, é instalada a prótese e o paciente tem de volta sua vida totalmente normalizada."
Lopes lembra que atualmente já existem cerca de 50 pacientes aguardando o momento de realizar o implante zigomático no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais. "Como este tipo de procedimento envolve um planejamento complexo, estamos nos programando para torná-lo mais rotineiro, o que nos possibilitará uma ou duas cirurgias por mês.
Os estudos para o implante zigomático em fissurados contaram com a colaboração do professor João Henrique Nogueira Pinto, do HRAC-USP, e dos professores Luis Eduardo Marques Padovan, Hugo Nari Filho e Walter da Silva Jr., ambos da Universidade do Sagrado Coração (USC) de Bauru.
Agência USP de Notícias